Leishmaniose: detalhes fundamentais para a segurança da sua família

A Leishmaniose é uma doença sem cura. Ela está presente no Rio Grande do Sul e pode representar um grande risco não só para os animais, mas para toda a família. Por ser uma zoonose, a Leishmaniose afeta tanto os animais quanto os seres humanos, e pode levar ao óbito.

Recentemente, no Instagram do Grupo Hospitalar Pet Support, nós realizamos uma entrevista completa sobre a doença. 

A convidada foi a MSc. M. V. Vanessa Jegan (CRMV-RS 11247), especializada em Dermatologia e Alergologia de Animais de Companhia.

Clique aqui e assista a entrevista completa!

Abaixo, você irá entender um pouco mais sobre a Leishmaniose.

Como a Leishmaniose é provocada?

A Leishmaniose é provocada por protozoários do gênero Leishmania spp. e é transmitida principalmente por vetores. Em especial, o mosquito-palha (flebotomíneo), que se alimenta de sangue.

Infelizmente, os cães domésticos são os principais reservatórios da Leishmaniose em áreas urbanas. 

Transmissão

Funciona assim: o flebótomo (inseto) infectado faz a transmissão da Leishmania para o pet, do pet para os humanos, dos humanos para os pets e entre humanos também. Dessa forma, ao conviver com um pet que possui a doença e não está em tratamento, os tutores correm o risco de serem picados pelo flebótomo e contaminados.

Outras formas de transmissão envolvem a placenta, o leite, sêmen e transfusões de sangue.

Prevenção ao flebótomo!

O mosquito-palha, principal agente transmissor da Leishmaniose, precisa de matéria orgânica em decomposição para se reproduzir. Ambientes com restos de folhas, galhos e flores apodrecidas são os locais onde este inseto busca colocar seus ovos. Além disso, galinheiros e chiqueiros são ambientes que também favorecem seu desenvolvimento.

Por isso, fazer a limpeza de praças, quintais, sítios e fazendas é também uma das medidas de prevenção contra a Leishmaniose.

Sintomas da Leishmaniose

Existem dois tipos principais:

  • Leishmaniose cutânea: Forma mais comum em seres humanos. Provoca feridas ulcerativas isoladas ou múltiplas na pele, que geralmente não doem e não curam com terapias convencionais. São lesões deformantes.
  • Leishmaniose visceral: Forma mais comum em cães e gatos. Os pets contaminados tendem a apresentar falhas na pelagem, lesões ulceradas e crostosas na face, focinho, em torno dos olhos, borda de orelhas, crescimento

anormal das unhas, perda de peso, anemia, baixa de plaquetas, aumento do baço do fígado, entre outros sinais.

Importante: em caso de suspeita de Leishmaniose em humanos, procure imediatamente o médico. 

Diagnóstico

Por conta da variedade de sintomas – ou da ausência deles – o diagnóstico da Leishmaniose

pode ser bastante complexo. Ele é realizado em diversas etapas e tem início com uma conversa sobre os hábitos de vida e local de moradia do animal. 

Por isso, caso o seu pet apresente algum dos sintomas citados, é fundamental procurar um médico veterinário para a realização de um diagnóstico preciso. Você, o seu pet, e toda a sua família podem estar correndo risco.

Tratamento da Leishmaniose

Infelizmente, a Leishmaniose não tem cura. No entanto, os medicamentos e tratamentos disponíveis eliminam os sinais da doença e reduzem a carga parasitária. Isso evita o sofrimento do pet e que ele seja um risco para sua família e sociedade.

Com o tratamento adequado, as chances do pet transmitir a doença caem bastante. Mas, caso o animal deixe de receber os cuidados e medicações, o número de parasitas pode voltar a aumentar.

Caso o animal não possa receber os cuidados necessários, ou a doença esteja muito avançada no momento do diagnóstico, a Eutanásia é a medida de saúde pública recomendada pelo Ministério da Saúde.

Por isso, o tratamento da Leishmaniose é para toda a vida e a prevenção é, sem dúvida, a melhor forma de lidar com essa doença. 

Felizmente, existe vacina contra a Leishmaniose!

Vacina contra Leishmaniose

A vacinação contra a Leishmaniose está disponível apenas para cães e pode ser

feita já a partir dos 4 meses de idade. O protocolo completo deve ser feito com 3 doses, respeitando o intervalo de 21 dias entre cada aplicação. A revacinação é anual, contada a partir da data de aplicação da 1a dose.

Entrevista detalhada sobre Leishmaniose

Para saber mais detalhes sobre Leishmaniose, assista a entrevista completa que realizamos em nosso Instagram sobre o assunto.

Nela, a MSc. M. V. Vanessa Jegan (CRMV-RS 11247), especializada em Dermatologia e Alergologia de Animais de Companhia, fala em detalhes tudo o que você precisa saber sobre Leishmaniose.

Clique aqui e assista a entrevista completa!

Previna-se contra a Leishmaniose e proteja a sua família. Consulte o médico veterinário regularmente e siga o calendário de vacinas para cães corretamente. Os profissionais do Pet Support estão à sua disposição.

Como você, queremos que seu pet viva intensamente ao seu lado. Pensando nisso, elaboramos o checklist de medicina preventiva. Baixe nosso checklist gratuito!

Sobre a autora:

MSc. M. V. Vanessa Jegan (CRMV-RS 11247), especializada em Dermatologia e Alergologia de Animais de Companhia

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