Cães como os pugs, shih tzu e os buldogues franceses podem ser muito fofos e companheiros. De pequeno porte, eles se adaptam à rotina e ao espaço de muitos tutores. No entanto, esses pets possuem algo mais em comum: são cães braquicefálicos e exigem certos cuidados.
A braquicefalia faz com que o pet tenha uma maior predisposição a desenvolver certos problemas de saúde, como os respiratórios.
Abaixo, você vai entender um pouco mais sobre a braquicefalia e como cuidar do seu companheiro da forma adequada.
O que é a braquicefalia?
Por mais que sejam adoráveis, muitas raças de cães que conhecemos hoje não existiam livremente na natureza. Elas foram desenvolvidas e aperfeiçoadas ao longo dos anos a partir do cruzamento promovido pelos seres humanos. Os cães braquicefálicos são exemplos disso.
A braquicefalia é caracterizada por alterações anatômicas no crânio. Elas dão aos animais aparência de um rosto achatado, com o focinho mais curto. E isso pode afetar cachorros, gatos, coelhos e outras espécies.
Síndrome braquicefálica e problemas associados.
Mesmo que esteticamente agradável para os tutores, essas alterações anatômicas podem causar a Síndrome braquicefálica, que consiste em diversos problemas para esses cães. Entre eles:
- Narinas estenóticas: cães com a síndrome braquicefálica podem nascer sem conseguir respirar como deveriam, por causa das narinas mais estreitas (estenóticas). Essa alteração também pode ficar mais evidente ao longo da fase de crescimento do animal. Em alguns casos, a intervenção cirúrgica pode ser necessária.
- Palato mole alongado: o palato mole é uma estrutura que impede que a água e o alimento ingerido pelos cães acabe parando na cavidade nasal. No entanto, nos cães com síndrome braquicefálica, esse tecido é muito grande e acaba cobrindo as vias aéreas sem necessidade. Respiração ofegante, ronco excessivo, tosse e vômitos após comer ou beber são alguns dos sinais clínicos.
- Hipoplasia e colapso de traqueia: os genes que fazem com que um cão seja braquicefálico também podem fazer com que os anéis de sua traqueia não se desenvolvam em tamanho adequado ou sejam mais moles do que deveriam. A traqueia é o tubo que leva o ar até o pulmão. O colapso da traqueia faz com que esse canal fique estreito. Em determinado ponto, o animal pode não conseguir respirar.
Importante: nem todos os cães braquicefálicos chegam a desenvolver a síndrome braquicefálica em graus avançados. No entanto, é muito importante que o tutor dos pets com essas características mantenham um acompanhamento próximo e periódico com o médico veterinário. Esse profissional terá condições de examinar, diferenciar e diagnosticar o seu companheiro com a maior precisão possível.
Cães braquicefálicos: Cuidados necessários
Para que o seu cão braquicefálico não tenha problemas graves de saúde, é importante:
- Controlar o peso do seu pet: além de exigir um maior esforço para se deslocar, o acúmulo de gordura pode pressionar os anéis da traquéia e aumentar as dificuldades de respirar. Por isso, mesmo que o seu pet seja preguiçoso, é importante mantê-lo ativo, evitando os esforços de alta intensidade. Outro cuidado fundamental é com a alimentação balanceada.
Conversar com um veterinário especializado em nutrição é muito importante para cães braquicefálicos.
- Atenção ao calor: nos cães, o nariz tem, entre as suas funções, facilitar a regulação da temperatura corporal. No entanto, cães braquicefálicos têm maior dificuldade, por conta do focinho achatado. Isso pode deixar o cão ainda mais ofegante, provocar desmaios e, em situações extremas, levar o animal à morte.
Por isso, evite passeios nos horários mais quentes do dia. Ofereça sempre água fresca e mantenha o pet em locais com sombra e arejados. Nunca deixe o seu amigo trancado em locais quentes e fechados, como o carro, por exemplo. As chances de hipertermia e intermação são grandes!
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- Histórico.
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