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Câncer de mama em pets: cirurgia e quimioterapia

Câncer de mama em pets: cirurgia e quimioterapia

Em outubro, o Pet Support lembrou em suas redes sociais da importância da prevenção do câncer de mama em pets. 

Já aqui no blog, vimos no texto “Câncer em animais: principais causas e sintomas” que essa doença têm como característica o crescimento desordenado de células. Elas roubam os nutrientes e acabam por provocar a morte de órgãos e tecidos saudáveis.

Todos os sistemas, tecidos e células do organismo podem ser afetados por essa condição. E, assim como em seres humanos, o câncer de mama em pets é um dos mais frequentes.

No Brasil, entre os cães, o câncer de mama é a neoplasia maligna mais comum. Entre os gatos, trata-se da terceira. 

No entanto, diferente do que acontecia no passado e do que muitos tutores ainda imaginam, o diagnóstico de câncer não é sinônimo de uma doença terminal.

Hoje, com a evolução dos tratamentos, é possível promover uma boa qualidade de vida para o animal doente e sua família. 

A quimioterapia é um ótimo exemplo. Os pets reagem melhor a essa forma de tratamento do que os seres humanos. Ela é realizada de forma cuidadosa, para proporcionar maior sobrevida, sem sofrimentos. E, em muitos casos, a cura do câncer de mama em pets. 

É o que veremos abaixo.

Entrevista com Oncologista Veterinária

Recentemente, em nosso Podcast “Grupo Hospitalar Pet Support”, convidamos as Médicas Veterinárias Dra. Raquel Michaelsen, especializada em Oncologia (CRMV 11928) e Vanessa Jegan, especializada em Dermatologia e Alergologia (CRMV-RS 11247) para falarem sobre o câncer de mama em pets e a quimioterapia.

Veja abaixo os principais pontos da entrevista. Para outras informações, acesse o material completo em nossa conta no Spotify.

O que provoca o câncer de mama em pets?

O câncer de mama em pets é uma doença multifatorial. Ele é provocado pela interação de fatores externos (ambiente e estilo de vida) e internos (características genéticas, mudanças hormonais e imunológicas).

Nesse sentido, a castração precoce atua como importante fator de prevenção para as fêmeas caninas e felinas. 

A maioria das fêmeas acometidas por câncer de mama são fêmeas não castradas ou castradas tardiamente.

A obesidade é outro fator importante e que tende a levar ao câncer de mama em pets. Sedentarismo e hábitos alimentares inadequados estão entre os principais motivos.

Sintomas do câncer de mama em pets

O câncer de mama é uma condição de malignidade nas mamas. Além dos sintomas gerais relacionados ao câncer, como emagrecimento, ele apresenta-se como:

No entanto, vale ressaltar que nem todo tumor é necessariamente maligno (câncer).

Diagnóstico precoce

Quanto antes o diagnóstico do câncer de mama em pets for realizado, maiores as chances de cura e de uma boa qualidade de vida. Para isso, é muito importante que os tutores façam consultas periódicas com o médico veterinário e fiquem atentos aos sinais.

Em casa, os tutores podem, por exemplo, apalpar periodicamente as mamas dos pets, para verificarem a existência de formações. Especialmente em fêmeas não castradas.

Caso o tutor identifique alguma irregularidade (nódulo), deve encaminhar o pet imediatamente para o médico veterinário especializado em oncologia. 

O tutor não deve esperar, sob o risco de a doença se espalhar para outras regiões do corpo do pet.

Estadiamento

Uma vez estabelecido o diagnóstico do câncer de mama em pets, o médico veterinário especializado em oncologia deve realizar o estadiamento da doença. Com isso, o profissional responsável identifica o quão grave é a situação e estabelece qual o melhor tratamento para cada pet.

Infelizmente, o câncer de mama em pets costuma gerar metástases para os pulmões. Por isso, durante o estadiamento, o médico veterinário pode solicitar exames de imagem dos pulmões e assim como também dos órgãos abdominais. 

Exames laboratoriais também podem ser realizados para verificar a função dos rins, fígado  e o estado geral de saúde do pet.

Tratamento cirúrgico

Na maior parte dos casos, o tratamento para o câncer de mama em pets é cirúrgico, através das mastectomia. Nesta, são retiradas total ou parcialmente as mamas e os linfonodos atingidos ou com risco de serem afetados. O objetivo é eliminar por completo as células doentes do corpo do animal.

No entanto, existe sempre o risco de algumas células terem migrado para outras partes do corpo do pet sem serem identificadas. E elas podem dar origem a uma metástase. 

Assim, por melhor que seja realizada, a cirurgia para o câncer de mama em pets pode ser apenas uma parte do tratamento.

Biópsia

Por isso, tão importante quanto a cirurgia, é encaminhar o nódulo removido para a biópsia. Com essa avaliação, é possível identificar exatamente qual o tipo de célula cancerígena presente e quais as chances de a doença voltar a aparecer.

Dessa forma, o médico veterinário especializado em oncologia define qual o seguimento do tratamento. Em alguns casos, é necessário associar quimioterapia, para eliminar por completo as chances da doença atingir outros órgãos. 

Quimioterapia em Pets

Felizmente, os pets tendem a reagir muito melhor à quimioterapia do que os seres humanos. A maior parte dos cães e gatos submetidos a esse tratamento apresentam apenas efeitos colaterais transitórios. Menos de 10% apresentam sintomas importantes.

Assim, a quimioterapia é uma ferramenta eficaz de controle e até cura do câncer de mama em pets. O número de pacientes que reagem mal à quimioterapia é muito menor se comparado aos humanos.

Os protocolos e doses dos medicamentos utilizados em pets são menores e mais brandos. O objetivo é aumentar a sobrevida dos animais, com qualidade e evitando ao máximo qualquer forma de sofrimento.

Para saber mais sobre o câncer de mama em pets e o tratamento com quimioterapia, acesse a entrevista completa em nosso podcast no Spotify.

Lembre-se: a saúde do seu companheiro depende de você! Consulte o médico veterinário com regularidade e previna-se contra o câncer em animais. Essa é a melhor forma de garantir uma vida feliz e saudável para o seu pet. Os profissionais do Grupo Hospitalar Pet Support podem ajudar. Entre em contato conosco.

Sobre as autoras

MSc. M. V. Vanessa Jegan, é Médica Veterinária especializada em Dermatologia e Alergologia de Animais de Companhia (CRMV-RS 11247).

Raquel Michaelsen (CRMV 11928) é Médica Veterinária formada pela UFRGS. Possui residência em clínica médica de pequenos animais pelo Hospital Veterinário da UFRGS.

Especialização em oncologia de pequenos animais pelo Instituto Qualittas.

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