A picada de escorpião em cachorros e gatos é uma situação de emergência que pode colocar em risco a vida dos pets, especialmente se não forem tratados rapidamente. É importante conhecer os sinais clínicos e as ações imediatas para garantir um tratamento adequado e eficaz. Além disso, existem medidas preventivas que podem ser tomadas para evitar que seu animal de estimação seja picado. Neste artigo, você encontrará informações sobre os sinais clínicos, o tratamento adequado e medidas preventivas para proteger seu pet, e a história de um caso real com final feliz.
Risco de picadas de escorpião em pets é maior no verão
No verão, a infestação de escorpião amarelo em Porto Alegre e Região Metropolitana ocorre principalmente devido às condições climáticas, que proporcionam um ambiente propício para o desenvolvimento e sobrevivência desses animais.
Além disso, a crescente urbanização da região e a construção de novos bairros têm provocado a destruição de habitats naturais dos escorpiões, o que os leva a procurar novos lugares para se abrigar, incluindo casas e edifícios.
Outros fatores que contribuem para a infestação de escorpiões amarelos em Porto Alegre incluem a falta de higiene e de manutenção adequada de quintais e jardins, bem como a presença de matérias orgânicas e insetos que servem de alimento para os escorpiões. Portanto, é importante estar atento às condições do ambiente em que seus pets estão.
Sinais clínicos da picada de escorpião em cães e gatos
Os acidentes com animais peçonhentos geralmente acontecem na região das patas e do focinho dos pets, mas não estão restritos a essas áreas.
Os sinais de picada de escorpião em cachorros e gatos podem variar de acordo com a quantidade inoculada de veneno, o tamanho do animal e a região acometida.
Normalmente, os sinais clínicos que pets podem apresentar são:
- Dor, inchaço e vermelhidão no local da picada
- Febre
- Fraqueza muscular ou paralisia
- Convulsões ou espasmos musculares
- Problemas respiratórios e alterações no ritmo cardíaco
- Sialorreia (excesso de saliva)
- Vômito e diarreia
- Trombocitopenia
Se o seu animal de estimação apresentar quaisquer desses sinais, é importante levá-lo imediatamente ao veterinário para avaliação e não esperar o agravamento do quadro, pois a picada de escorpião pode ser fatal para cachorros e gatos se não for tratada rapidamente.
Atendimento veterinário em caso de picada de escorpião amarelo
Neste verão, recebemos um caso de emergência em nossa unidade da Zona Norte: o Churros, um cãozinho amarelo de porte médio, sem raça definida e muito simpático, que estava de férias na casa da praia.
Ao acordar, a tutora reparou que ele estava prostrado e com edema (inchaço) na região ocular, e prontamente o levou à emergência do Hospital.
Os sinais clínicos eram: sialorreia (excesso de saliva), febre, edema ocular e um prolapso da terceira pálpebra, além de dor na mandíbula e dificuldade respiratória.
Nossa equipe fez o pronto-atendimento, iniciando o tratamento de suporte para dor, e começou a investigar com exames de laboratório e imagem.
“Trabalhávamos com duas suspeitas principais: picada de animal peçonhento ou miosite (inflamação) dos músculos mastigatórios, pois ele não conseguia abrir a boca. Porém, não encontrávamos sinal da picada e, em função da dor, era difícil manipulá-lo”, relata a Médica Veterinária Alana Martins (CRMV-RS 19430), que realizou o atendimento de emergência.
Na manhã seguinte, Churros teve um episódio de convulsão generalizada e, após sedação, finalmente foi possível investigar a cavidade oral. Ali estava! Nossa equipe percebeu que, embaixo da língua, havia um abcesso e sinais condizentes com uma picada de escorpião.
“Jamais imaginei que fosse possível, mesmo sabendo dos relatos da presença de escorpiões no condomínio. Fica aqui o alerta aos tutores: revise os potes, caminhas e cobertores do pet, as lixeiras da casa… Eu cortei toda a grama dos fundos, provavelmente foi algum escorpião procurando refúgio. O Hospital Pet Support fez o impossível e o possível para salvar nosso Churros!”, conta a tutora Daniela. Após o susto, Churros recebeu alta e continuou o tratamento em casa.
Como prevenir a picada de escorpião em cachorros e gatos
A melhor maneira de proteger seu animal de estimação da picada de escorpião é adotar medidas preventivas. Algumas dicas incluem:
- Manter o quintal limpo e livre de entulhos;
- Armazenar adequadamente o lixo e material orgânico;
- Manter as áreas de descanso do pet longe de áreas onde os escorpiões podem se esconder;
- Criar o hábito de sacudir as cobertas e caminhas diariamente;
- Manter as portas e janelas fechadas ou utilizar barreiras físicas para impedir a entrada;
- Usar repelentes de insetos em sua casa e quintal.
Infestação de escorpiões no verão? Fique atento!
A infestação de escorpião amarelo em Porto Alegre e Região Metropolitana é um problema sério que pode colocar em risco a saúde e o bem-estar dos animais de estimação e das pessoas. No entanto, mostramos algumas medidas eficazes que podem ser tomadas para prevenir a infestação.
Se você suspeitar de uma infestação de escorpiões em sua casa ou bairro, é importante procurar ajuda de um profissional especializado para garantir a segurança e o bem-estar de todos. Quem avistar o animal deve ligar para o telefone 156, da prefeitura de Porto Alegre, ou avisar pelo e-mail 156poa@portoalegre.rs.gov.br. Será necessário informar o endereço do local da ocorrência, dar o seu nome e telefone para contato. Caso more fora de Porto Alegre, contate a prefeitura de sua cidade.
Conte com o Pet Support, sempre
Como informado neste texto, a picada de escorpião em cachorros e gatos pode ser fatal, se não tratada adequadamente. Assim, não hesite em consultar um veterinário de confiança para mais informações sobre como proteger seu animal de estimação de picadas de animais peçonhentos. E, se precisar, o Hospital Pet Support conta com profissionais capacitados e à disposição para ajudar. Saiba mais sobre os nossos serviços de urgência e emergência.
Revisão: Alana Martins, Médica Veterinária formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CRMV-RS 19430) e pós-graduanda em Nefrologia e Urologia Veterinária pela Anclivepa-SP. Atende como veterinária clínica e plantonista no Hospital Pet Support Zona Norte de Porto Alegre.