Gatos são pets incríveis. Bastante independentes, eles oferecem uma relação única com seus tutores. No entanto, os hábitos que fazem dos gatos seres tão adoráveis, também podem ser bastante perigosos. Por isso, as vacinas para gatos são fundamentais.
“Gatos adoram brincar, caçar, morder, arranhar e caçar. E isso pode fazer com que eles tenham contato com muitos outros animais, especialmente se tiverem acesso à rua. Assim, as chances de se contaminarem com vírus e bactérias pode ser alta. E a de transmitir doenças para os humanos também.” – Ruben Lundgren Cavalcanti, Médico Veterinário e Sócio Diretor do Pet Support (CRMV-RS 9310).
No entanto, por mais que as vacinas para gatos sejam importantes, elas exigem certos cuidados diferenciados.
Entrevista: vacinas para gatos
Recentemente, em nosso Podcast “Grupo Hospitalar Pet Support”, convidamos a Médica Veterinária Ana Carolina Both (CRMV-RS 7428), Coordenadora Técnica da Zoetis, para conversar sobre a importância das vacinas para os pets. Dra. Ana possui mais de 18 anos de experiência profissional e trouxe informações valiosas sobre o assunto
Veja abaixo os principais pontos da entrevista. Para outras informações, acesse o material completo em nossa conta “Grupo Hospitalar Pet Support”, no Spotify.
Estado de Saúde do Pet
Nenhum pet deve ser vacinado enquanto está doente. No entanto, em alguns casos, os sintomas são muito difíceis de serem percebidos. Por isso, as vacinas para gatos devem ser aplicadas por médicos veterinários. Estes profissionais poderão avaliar com precisão se o gato pode ou não ser vacinado.
“As vacinas para gatos ajudam a prevenir doenças. Mas quando vacinamos um pet doente, além de não obtermos a proteção desejada com a vacina, podemos agravar o seu quadro de saúde. E isso deve ser evitado” – Dra Ana Carolina Both, Médica Veterinária e Coordenadora Técnica da Zoetis (CRMV-RS 7428).
Contenção
Aplicar as vacinas para gatos não é uma tarefa simples. Estes pets tendem a ficar bastante agitados e até agressivos em ambientes desconhecidos e com pessoas estranhas a eles.
“No entanto, os médicos veterinários possuem treinamento específico para essas situações. Eles sabem como deixar o gato confortável e evitar acidentes, preservando a integridade de pets e pessoas.” – Dra Ana Carolina Both, Médica Veterinária e Coordenadora Técnica da Zoetis (CRMV-RS 7428).
Qualidade da vacina
Vacinas são produtos biológicos, que precisam ser manipulados e condicionadas de forma precisa. Qualquer oscilação de temperatura ou erro na manipulação pode fazer com que as vacinas não tenham a resposta desejada. Dessa forma, você pode imaginar que seu pet está protegido, mas ele e toda a família podem estar expostos à doenças.
Contudo, hoje ainda é comum encontrarmos vacinas para gatos sendo comercializadas em estabelecimentos variados e de forma indiscriminada, sendo aplicada por pessoal não qualificado.
“Somente o médico veterinário poderá garantir a correta aplicação das vacinas. Ele é o profissional qualificado para aplicar o produto correto, no momento correto e de maneira adequada.” – Dra Ana Carolina Both, Médica Veterinária e Coordenadora Técnica da Zoetis (CRMV-RS 7428).
Abaixo, veremos quais são as principais vacinas para gatos.
Vacinas para gatos: Polivalentes V3, V4 e V5
A primeira dose das vacinas para gatos polivalentes deve ser aplicada entre 45 e 60 dias de vida. A segunda dose é aplicada um mês depois, por volta dos 90 dias de vida. Doses adicionais podem ser recomendadas, de acordo com o estilo de vida do paciente e questões individuais. Os reforços são anuais.
Esses fatores individuais (estilo de vida da família e do pet) serão levados em conta na decisão do médico veterinário entre a indicação de uma vacina V3, V4 ou V5.
A vacina polivalente V3 protege os felinos contra Panleucopenia, Rinotraqueíte e Calicivirose. A V4 inclui proteção contra Clamidiose e a V5 soma a imunização contra Leucemia Felina.
- Panleucopenia: transmitida por animais doentes ou através do contato com objetos infectados, a Panleucopenia provoca: febre, vômitos, inapetência, prostração e diarréia. Pode prejudicar a coordenação motora de filhotes;
- Rinotraqueíte: Doença contagiosa, a Rinotraqueíte pode ser muito perigosa para os filhotes, inclusive com risco de óbito. Os sintomas envolvem espirros, secreções nasais, rinite, salivação, conjuntivite, febre e falta de apetite;
- Calicivirose: esta doença apresenta sintomas parecidos com os da Rinotraqueíte Viral. Além disso, causa úlceras na cavidade oral dos gatos;
- Clamidiose: Doença que afeta os olhos do gato e, posteriormente, o seu sistema respiratório. Tem entre os sintomas a conjuntivite, o corrimento nasal e ocular persistente, os espirros, as dificuldade respiratória, a febre, a falta de apetite, a pneumonia e a prostração;
- Leucemia Felina (FeLV): A contaminação da FeLV acontece pelo contato com a saliva, urina e fezes de animais infectados. Dessa forma, manter as condições de higiene é tão importante para a prevenção da doença quanto às vacinas para gatos. Entre os sintomas da Leucemia Felina, estão a perda de peso, a secreção nasal e ocular excessiva, a diarréia persistente, a imunodeficiência e os tumores em células linfáticas.
Vacinas para gatos: Antirrábica
A raiva é uma doença fatal em praticamente 100% dos casos, tanto em gatos como em seres humanos. Ela provoca alterações neurológicas graves e pode ser transmitida dos pets para seus tutores através de arranhões e mordidas.
A primeira dose da vacina antirrábica pode ser aplicada a partir dos 3 meses de idade, e pode ser administrada no mesmo momento que a vacina polivalente, se for o caso. Os reforços são anuais.
Não esqueça: consulte o médico veterinário regularmente e siga o calendário de vacinas para gatos corretamente. Os profissionais do Pet Support estão a sua disposição.
Sobre a autora
Dra Ana Carolina Both, Médica Veterinária e Coordenadora Técnica da Zoetis (CRMV-RS 7428).
- Coordenadora técnica de animais de companhia Zoetis;
- Médica veterinária formada pela ULBRA;
- Residência Médica Veterinária ULBRA e UFRGS;
- Pós-graduada em 1 Gerência em Marketing pela ESPM.